A Neo foi uma das primeiras blockchains que surgiram para desafiar a supremacia da rede Ethereum. Faz parte do seleto grupo conhecido como “Ethereum Killers”, mas também acabou ficando conhecida como a “Ethereum chinesa”.
Esse software foi fundado ainda em 2014, e tinha outro nome: Antshares. Foi só em 2017 que passou por um rebranding e começou a se chamar Neo. Sua alcunha atual vem do grego e significa algo como “novo” ou “jovem”.
O fato é que a Neo foi concebida para funcionar como uma blockchain preparada para o futuro das finanças descentralizadas e da economia inteligente.
➡️ Sua missão? Fazer com que qualquer ativo fosse acessível a todos, por meio de smart contracts, para dar um fim à dependência de instituições centralizadas.
Entre os maiores diferenciais da Neo, encontramos as suas integrações nativas de armazenamento descentralizado, os oráculos e a busca de tornar a interoperabilidade real.
Definitivamente, é um projeto com uma trajetória de vários anos, que segue em desenvolvimento e ainda tem muito por conquistar 👌
Contenidos
Entenda como a Neo surgiu
A blockchain da Neo foi uma das primeiras a oferecer a possibilidade de executar contratos inteligentes. De fato, com origem na China, essa rede foi pioneira neste sentido.
Seu fundador se chama Da Hongfei y Erik Zhang e, ainda em 2016, somente um ano após o lançamento da Ethereum, a Antshares (primeiro nome da rede) começou a funcionar.
De acordo com as pessoas que conceberam a Neo, essa rede mistura pragmatismo e idealismo.
O lado idealista se centrou na criação de uma rede aberta, descentralizada e totalmente comprometida com o futuro da economia. Já o pragmatismo se percebe na busca por criar uma espécie de coordenação centralizada. Se você quer comprar a criptomoeda NEO, são bons indícios do ‘caráter’ dessa rede.
Algoritmo de consenso da Neo
Essa criptomoeda chinesa, ao contrário de várias outras que existem em blockchains de camada 1, não usa sistemas como o Proof of Work, Proof of Stake, Proof of History, entre outros.
Ao invés disso, escolheu um protocolo chamado delegated Byzantine Fault Tolerance (dBFT). A principal característica do dBFT é permitir que uma transação tenha a garantia que não pode ser revertida, modificada ou cancelada.
Isso se chama “finalidade de uma transação”. O conceito de finalidade (finality, em inglês) é fundamental, principalmente porque determina o momento em que podemos assumir que uma transação está completa.
Imagine uma loja que aceita criptomoedas como meio de pagamento. Você só poderá efetivamente retirar o produto quando o estabelecimento tiver a garantia de que o pagamento foi creditado em sua conta (ou carteira).
Quando observamos blockchains como Bitcoin ou Ethereum, o conceito de finalidade é aplicado de forma probabilística. O que isso significa? Que, a cada bloco que é validado, há menos chances de que a transação seja revertida.
Após 4 ou 5 novos blocos serem adicionados à blockchain, a chance de que algo sobre nossa transação seja questionado é praticamente zero. Se a gente trouxer isso pra uma escala de tempo, na rede Bitcoin, um novo bloco é acrescentado a cada 50 minutos e, na Ethereum, a cada 1 minuto.
Voltando à dBFT usado na rede da criptomoeda chinesa NEO, a finalidade não é probabilística. Nesse mecanismo de consenso, a finalidade é garantida em cada bloco. Em outras palavras, a finalidade de cada transação é atingida 15 segundos após o bloco ser adicionado à blockchain.
O resultado? Transações rápidas, seguras e econômicas 🚀
E é exatamente esse tipo de performance que faz falta para que uma blockchain ganhe seu lugar no dia a dia das pessoas, como um meio de pagamento para os mais diversos tipos de produtos ou serviços.
Principais características da NEO blockchain
Dois tokens: NEO e GAS
A blockchain NEO é a primeira rede de Layer-1 que usa dois tokens diferentes para governança (decisões) e utilidade (pagamento de comissões).
Por quê? A razão defendida pelos seus criadores é a seguinte: os usuários não deveriam perder poder de voto sempre que façam uma transação. Por isso, a NEO usa o token de mesmo nome para governança e outro, chamado GAS, para pagar as comissões das transações da rede.
E como ganhar GAS? À cada bloco criado na blockchain Neo, é emitida uma certa quantidade de GAS. Esse montante é dividido entre holders do token NEO, membros do Neo Council e usuários que participam das votações da rede.
Então, se você tiver NEO na sua wallet, começa a receber o token GAS que é emitido para pagamento de comissões.
Armazenamento descentralizado
Salvar dados em uma blockchain é algo que não custa necessariamente pouco.
Isso acontece principalmente por causa da natureza descentralizada e pouco escalável desse tipo de rede. Por isso, inclusive, muitos projetos do ecossistema NFT preferem salvar informações off-chain, por meio de serviços centralizados.
Ou seja: essa lógica vai na contramão dos ideais da Web3.
Para deixar ‘tudo em ordem’ e alinhado com os novos conceitos da terceira onda da web, a Neo criou o NeoFS, um serviço de armazenamento descentralizado que funciona de forma perfeitamente integrada à blockchain Neo.
Como opera? Atendendo às leis do livre mercado. Em outras palavras: tem gente com disponibilidade para salvar informação e pessoas que querem alugar esse recurso para ganhar algum tipo de retorno.
Melhor ainda: NeoFS é compatível com smart contracts. Na prática, isso significa que podem ser desenvolvidos dApps capazes de consultar essa base de dados descentralizada.
Oráculos
Blockchains e smart contracts são fabulosos quando o assunto é segurança e descentralização. Por outro lado, a limitação mais comum é a dificuldade de interagir com sistemas que funcionam fora da blockchain.
Aí é que entram em jogo os oráculos, sua função é alimentar os contratos inteligentes com informações de fontes externas, sem que a descentralização seja prejudicada.
O sistema de descentralização desenvolvido pela Neo foi concebido para ter oráculos nativos de sua rede. Assim, aproveitando todo o potencial dos smart contracts, dos oráculos e da NeoFS, é possível executar, buscar dados e armazenar tudo de forma descentralizada.
Todo esse set de features não é algo menor: a abordagem integral é exatamente uma das coisas que diferencia a Neo da concorrência.
Interoperabilidade
A Neo é a founder da Poly Network, um protocolo global de transferências cross-chain, que permite que um token seja transferido entre diferentes blockchains.
A relevância deste tipo de serviço é tão grande que, desde seu lançamento, a Poly Network já facilitou a transferência de mais de 16 bilhões de dólares entre redes como a Ethereum, Polygon, Neo, Avalanche, Fantom, BNB Chain, Arbitrum, Optmism, entre muitas outras.
Pra você que está ligado no mundo das criptomoedas e está sempre em busca de novas oportunidades, pode anotar a NEO aí no seu caderninho. e que tal aproveitar que está aqui e ver tudo o que a Lemon tem para lhe oferecer? Baixe o app e veja quais são as criptomoedas listadas em nossa plataforma!