Terra é um protocolo e blockchain que implementa um conjunto de moedas estáveis descentralizadas e algorítmicas que sustentam todo um ecossistema para levar as finanças descentralizadas a cada vez mais pessoas. Siga a leitura para saber o que é LUNC e a blockchain Terra Classic!
Contenidos
O que é Terra?
O protocolo Terra emite stablecoins vinculadas a moedas de países específicos: a USTC é pareada com o USD (Estados Unidos), a KRTC tem lastro no WON (Coréia do Sul), só para dar alguns exemplos.
A Terra é bem diferente de outros protocolos, já que, a qualquer momento, qualquer pessoa pode propor que novas stablecoins sejam cunhadas. Alguém pode criar uma stablecoin vinculada ao yuan (China), ao euro (UE), ou a qualquer outra.
As stablecoins da Terra são fáceis de usar, já que podem ser enviadas a qualquer lugar do mundo, a qualquer momento, com baixas tarifas e sem limites impostos por agências bancárias ou outras entidades financeiras.
Digamos: uma startup em Boston (EUA) que precisa mandar dinheiro para um comércio na Coréia do Sul pode trocar USTC por KRTC e mandar tudo na mesma hora através da blockchain Terra, sem nenhum inconveniente ou intermediário.
A Terra é uma rede aberta a qualquer pessoa que queira fazer transações nesta blockchain, seja quando o objetivo for realizar transações, manter cryptos ou construir algo sobre ela.
Como as stablecoins Terra podem ser usadas?
Como comentamos antes, cada stablecoin da Terra está vinculada à moeda de algum país específico.
Neste sentido, uma de suas principais diferenças, quando comparada com outros protocolos, são os benefícios que seus usuários obtêm ao comprar e fazer hodl de seus ativos.
Na prática, isso significa que um usuário pode escolher entre holdar suas cryptos ou ter lucros por meio de DApps (aplicativos descentralizados).
Um bom exemplo desses DApps é o Anchor, um protocolo Terra que os usuários podem usar para economizar e aproveitar as recompensas em bloco das principais blockchains e gerar renda passiva em USTC.
O que é o token LUNA?
O protocolo Terra tem dois tipos de tokens que trabalham em conjunto: USTC, uma crypto que tem o objetivo de manter o mesmo valor do dolar americano e LUNC, o token nativo da rede.
Como isso acontece? A qualquer momento, um usuário pode trocar um dólar de LUNC por um USTC ou um USTC por um dólar de LUNC.
Quando alguém troca LUNC por USTC, esse dólar é queimado e se cunha um USTC. O mesmo acontece quando um dólar de USTC é trocado por um dólar de LUNC: o USTC é burned para cunhar o token LUNC.
A melhor parte desse sistema é que se cria um incentivo econômico para que os usuários sempre queiram manter o preço de 1 USTC em 1 USD, o que atende ao propósito do USTC de funcionar como uma stablecoin.
Por cada transação das stablecoins Terra (USTC, KRTC, ou qualquer outra), paga-se uma pequena tarifa aos holders de LUNC.
📈 Sobre isso, só para você ter uma ideia, atualmente, as tarifas totais de transações arrecadadas na rede Terra superam as de todas as outras blockchains, à exceção da rede Bitcoin e Ethereum.
Na medida em que mais e mais pessoas usam as stablecoins Terra em seu dia a dia, seja por meio de aplicativos de pagamentos, protocolos de investimentos e/ou outras DApps em DeFi, os holders de LUNC ganham mais comissões, o que faz que essa cripto tenham um potencial enorme.
Em outras palavras ➡️ os usuários delegam (staking) LUNC a um validador que atue no registro e verificação das transações nessa blockchain e, em troca, recebem parte das recompensas das taxas das transações.
Quanto mais se usa a blockchain Terra, mais a LUNC se valoriza. E os hodlers de LUNC têm um papel fundamental na economia descentralizada da Terra.
Sua participação acontece por meio do controle de governança da blockchain, ao serem criadas propostas e votações que definem diretamente as mudanças em sua política monetária e até mesmo questões sobre a atualização de seu software.
Como as recompensas são recebidas?
O protocolo Terra incentiva os validadores e delegadores (usuários que querem receber recompensas sem executar os nós) com recompensas de staking.
Ou seja, é possível ganhar “N” quantidade de criptomoedas ao mantê-las em uma wallet por um certo período de tempo. Esses prêmios vêm de duas fontes diferentes: do gas e das taxas de swap. Confira o detalhe:
- Gas: os validadores estabelecem os valores mínimos do gas e recusam qualquer transação que tenha valores de gas menores que esse limite.
- Taxas de swap: os recursos arrecadados pelas taxas de swap (migração de tokens de uma blockchain para outras) vão para o pool de recompensas do Oracle.
Para começar a receber recompensas dentro do ecossistema Terra, os delegadores vinculam suas LUNC a um validador em específico.
Esse processo se chama bonding 🔒 e se define como a ação de associar o token LUNA de um delegador ao stake de um validador, o que contribui para que os validadores tenham mais participação no consenso.
O token LUNC pode existir dentro de três situações:
#01 Unbonded
Tokens LUNC negociados livremente e sem staking de nenhum validador.
#02 Bonded
Quando um usuário delega ou vincula suas LUNC a um validador. Assim, os tokens vinculados são adicionados ao staking do validador, que acumula as recompensas de staking.
São tokens que podem ser usados livremente ou mesmo como garantia em outros protocolos dentro da rede Terra, como o de criação de ativos Mirror ou o Anchor.
#03 Unbonding
Tokens LUNC que estão sendo desvinculados de um validador. Os delegadores podem desvincular seus tokens usando a função “delegar” da Terra Station.
O processo de unbonding leva 21 dias para ser finalizado e, durante esse período, o token LUNC vinculado não pode ser comercializado e não rende recompensas de staking.
No final do processo escolhido, as tarifas de transação são distribuídas entre os validadores e os delegadores, de forma proporcional ao montante usado no staking.
Os validadores podem ficar com sua parte das recompensas como pagamento de seus serviços e o que sobrar é distribuído entre os delegadores, igualmente de forma proporcional.
* Tenha em conta que o comércio de ativos digitais implica um significativo risco em função das perdas que podem ocorrer como resultado das flutuações próprias do mercado.