Se você é um dos nossos leitores habituais, provavelmente já sabe o que é criptomoeda, mas nunca faz mal refrescar o básico.
E se esta é a sua primeira vez que você entra na wiki da Lemon e quer mergulhar no mundo cripto, veio ao lugar certo! Hoje vamos te mostrar o que são as criptomoedas e como elas funcionam para que você entre de cabeça na #RevoluçãoCripto.
Contenidos
O que é criptomoeda?
Uma moeda criptográfica (ou “cripto”) é uma moeda digital que pode ser utilizada como investimento, forma de economizar para comprar ou comprar bens e serviços com ativos protegidos por criptografia.
Inclusive, essa proteção é exatamente o que torna praticamente impossível falsificar ou gastar uma cripto duas vezes. Muitas criptomoedas são redes descentralizadas baseadas em blockchain.
Também conhecidas como redes de blocos, as blockchains são como um livro-razão distribuído que funciona em uma enorme rede de computadores, com criptografia sólida e que permitem realizar transações financeiras online. Quando nos perguntamos o que é um token de criptomoedas, estamos falando de ativos em redes.
Uma característica que define as criptomoedas é que elas são descentralizadas, ou seja, geralmente não são emitidas por qualquer autoridade central, tornando-as teoricamente imunes à interferência ou “manipulação” por parte de qualquer governo.
➡️ Em palavras simples, a modo de resumo, uma criptomoeda é um ativo digital registrado em uma cadeia de blocos descentralizada.
Como surgiram as criptomoedas?
O bitcoin foi a primeira criptomoeda e foi criado por Satoshi Nakamoto. Aliás, este é o nome utilizado pela suposta pessoa (ou pessoas) que desenvolveu a rede Bitcoin.
Embora não saibamos exatamente quem é ou quem foi Satoshi Nakamoto, sabemos muito bem o que ele fez: inventou o protocolo bitcoin e publicou sua criação em um artigo científico na Cryptography Mailing List em outubro de 2008 intitulado “Bitcoin: a peer-to-peer electronic cash system“.
➡️ Como parte da implementação do projeto, Nakamoto também criou a primeira base de dados blockchain. Satoshi descreveu o projeto como “um sistema de pagamento eletrônico baseado em provas criptográficas em vez de confiança“.
Essa ‘prova criptográfica’ vem sob a forma de transações que são verificadas e registradas na blockchain.
No final de 2010, surgiram as primeiras trocas públicas de Bitcoin. Em finais de 2012, a WordPress tornou-se o primeiro comerciante de renome a aceitar pagamentos em bitcoin.
🍕 Inclusive, a primeira troca de cripto por produtos é comemorada e conhecida como Bitcoin Pizza Day ₿
A partir daí, outras empresas seguiram os passos blockchain, tais como a Expedia, Microsoft e Tesla. Muitas organizações agora enxergam as criptomoedas mais populares do mundo como um possível meio de pagamento.
Como funciona uma criptomoeda?
As criptomoedas, à diferença do dinheiro FIAT (fiduciário), como o euro ou o dólar, não têm uma autoridade central que a gerencie, administre ou defina o seu valor monetário.
Ao contrário do que acontece com as divisas citadas, assim como com outras moedas nacionais, a tarefa de ‘controle’ está distribuída entre todos os usuários de uma cripto em particular, tudo de forma online.
Como dissemos antes, as criptomoedas funcionam por meio da blockchain. Trata-se de uma tecnologia descentralizada e distribuída entre inúmeros computadores que administram e registram todas as transações.
Neste sentido, toda a rede funciona em conjunto para organizar a integridade dos dados transacionais. Cada computador que participa da cadeia de blocos, mantendo uma cópia de seus arquivos, é chamado de nó ☋.
Neste sentido, nem todos os que possuem uma criptomoeda em particular têm uma cópia da blockchain instalado em seus computadores. Somente os nós fazem parte do banco de dados que possuem uma cópia das transações.
Em um sentido mais amplo, o software de cada blockchain registra cada nova transação na medida em que estas são feitas e a cadeia de blocos, como um todo, atualiza simultaneamente as novas informações.
Exatamente pelo fato de ter todos os registros idênticos e precisos, é muito praticamente impossível ‘fraudar’ o banco de dados, a não ser que a pessoa mal-intencionada tenha o controle de mais de 50% do hash rate, o que é conhecido como ataque 51%.
Sobre as validações das transações: cada blockchain usa um tipo de mecanismo para realizar verificações. Entre os métodos de consenso mais comuns, encontramos os protocolos de Proof-of-Work (PoW) ou Proof-of-Stake (PoS). Sobre estes:
Proof of Work
Consenso usado para verificação de transações em uma blockchain em que um algoritmo fornece um problema matemático que os computadores competem entre si para resolver.
Cada computador participante (chamado “minerador”) resolve um quebra-cabeça matemático que ajuda a verificar um conjunto de transações (chamado bloco), e depois adiciona tudo isso ao livro-razão da blockchain. O primeiro computador que consegue fazer isso é recompensado com uma certa quantidade da mesma criptomoeda.
Proof of Stake
Para reduzir a quantidade de energia necessária para verificar as transações (como no caso da PoW), algumas criptomoedas empregam um método de verificação de prova de participação, ou Proof of Stake.
Assim, o número de transações que cada pessoa pode verificar é limitado pela quantidade de criptos que está disposta a “bloquear” para ter a oportunidade de participar no processo.
Se um proprietário de participação for escolhido para validar um novo conjunto de transações, será recompensado com criptomoedas (às vezes, com o montante das taxas de transação adicionadas do bloco de transações). Para evitar fraudes, se alguém for escolhido e validar transações inválidas, perde uma parte do seu stake.
Quantas blockchains existem?
Há vários tipos de blockchains diferentes. A Ethereum, por exemplo, tem sua própria cadeia de blocos. Além disso, outras equipes de desenvolvimento de criptomoedas estão trabalhando cadeias de blocos, como a IBM. A Bitcoin é a blockchain mais antiga e mais longa, além de conter o maior número de transações.
Vantagens das moedas criptográficas
- Facilitar a transferência de fundos diretamente entre duas partes, sem a necessidade de um terceiro, como um banco ou empresa de cartões de crédito (transferências imediatas e seguras).
- Taxas de processamento baixas, evitando as elevadas taxas cobradas pelos bancos e instituições financeiras por transferências eletrônicas.
- Anonimato para proteger a privacidade dos usuários (sem a possibilidade de vazar informações pessoais).
- Descentralização, já que não estão vinculadas a qualquer instituição financeira ou organização política. O poder está na mão dos usuários, por isso, não tem de se preocupar com questões como política fiscal ou recessões que afetam as moedas tradicionais.
- As criptomoedas podem servir como uma alternativa eficaz ao dinheiro (que pode depreciar-se com o tempo devido à inflação).
- Segurança, já que cada transação cripto é registrada na blockchain, permitindo que qualquer pessoa possa seguir o histórico de, por exemplo, BTCs.