Para entender o que é Smart Contract, é preciso entender a história da Cardano antes.
A Cardano é uma blockchain de código aberto e tem esse nome em homenagem ao polímata italiano Gerolamo Cardano. Foi lançada em 2017, assim como seu token nativo, ADA, uma cripto volátil.
Com sua nova atualização “Alonzo Hard fork”, várias melhorias foram introduzidas no protocolo. Uma delas foi a implementação da funcionalidade conhecida como smart contracts (ou contratos inteligentes).
A partir de então, qualquer pessoa pode criar e implementar seus próprios smart contracts na blockchain Cardano, o que abriu caminho para aplicativos nativos descentralizados.
Contenidos
Back to basics: o que são os contratos inteligentes?
Smart Contracts são linhas de código de computador que se executam automaticamente quando algumas condições pré-definidas são atendidas.
No geral, são usados para automatizar a liquidação de acordos.
Dessa forma, todos os participantes podem ter a certeza de que os requisitos estabelecidos serão cumpridos, e tudo sem a necessidade de intermediários ou longos períodos de negociação.
Os contratos inteligentes são autoexecutáveis e se ativam quando algumas condições estão dadas. Seguem a lógica de algoritmos, com comandos como “if”, “when”, “then” (se, quando, então) usados em linguagem de programação.
O que você precisa saber
1. Suas condições
Os contratos inteligentes permitem que transações e acordos confiáveis sejam feitos entre duas ou mais partes, de forma totalmente anônima e sem a necessidade de uma autoridade central, sistemas legais ou mecanismos de controle externos.
2. Sua execução
São contratos auto-executáveis, nos quais os termos de um acordo entre comprador e vendedor são escritos diretamente nas linhas do seu código.
3. Suas características únicas
Os smart contracts fazem com que transações sejam rastreáveis, transparentes e irreversíveis.
4. Sua criação
Os smart contracts foram propostos em 1994 pela primeira vez, por Nick Szabo, um cientista de computação americano, que inventou uma moeda virtual chamada “Bit Gold”, ainda em 1998, dez anos antes do bitcoin ser inventado.
De fato, inclusive há rumores que dizem que Szabo é Satoshi Nakamoto, o inventor ainda anônimo do bitcoin, mas ele nega essa suspeita.
5. Seus objetivos originais
Szabo definiu que os contratos inteligentes funcionariam como protocolos para transações computadorizadas e seriam responsáveis por executar os termos de um contrato.
Sua ideia era estender a funcionalidade dos métodos de transações eletrônicas como POS (Pontos de Venda), para o âmbito digital.
O fato de que qualquer pessoa possa criar seus próprios smart contracts na blockchain da Cardano permite inclusive que desenvolvedores encontrem e eliminem falhas na rede, antes do início da fase Gouguen.
Nesta fase, a Cardano adquire a capacidade de receber smart contracts em sua rede, o que abre as portas para aplicativos descentralizados na blockchain da ADA.
Para que servem os smart contracts?
Os contratos inteligentes não estão limitados somente às blockchains. Podem ter infinitos usos fora delas, que dão total poder aos seus usuários para criar comandos diretos nas blockchains sem a interferência de terceiras partes.
Podemos dizer que são úteis para todos, já que podem ser usados para criar contratos nos quais a própria blockchain funciona como entidade reguladora.
Como é feito o controle dos Smart Contracts?
Pense nas blockchains como um livro, onde qualquer transação permanece registrada para sempre. Uma das maiores vantagens, neste sentido, é que o contrato não pode ser editado de forma unilateral, e isso é exatamente o que garante que ele será cumprido.
Além de tudo, os smart contracts da Cardano serão programados em Plutus ou IELE, duas linguagens baseadas em Haskell. Uma pessoa que não entende de programação pode confiar nos contratos inteligentes porque eles são seguros e idôneos.
O objetivo final é que possamos usar smart contracts no cotidiano de nossas realidades. Se você quiser saber mais sobre a Cardano, pode conferir nosso post que explica o que é Cardano.