Terra 2.0 é a nova rede proposta e aceita pela comunidade do ecossistema Terra, após o colapso da rede original.
Para entender o que aconteceu com a Terra e com a UST, temos que saber antes qual é sua diferença das outras stablecoins e como funcionava o sistema por trás de tudo isso.
Contenidos
Como as stablecoins são lastreadas no dólar ou em outros ativos
Algumas stablecoins como a USDC e a USDT são pareadas em moedas fiduciárias: na teoria, há uma reserva em dólares (ou de ativos similares), por cada token emitido.
Para que a stablecoin seja confiável, a empresa que a emite precisa ser auditada regularmente e comprovar que conta com os recursos suficientes para respaldar seus tokens.
Este tipo de stablecoin é centralizada, já que suas reservas são controladas por uma empresa.
✔️ Outras, como a DAI, usam um sistema de colateralização (lastro) que se apoia no valor de outras criptomoedas, como o ETH.
Como não interagem com nada fora do sistema cripto, uma stablecoin com estas características é mais transparente, além de ser descentralizada.
Neste caso, não é preciso que as reservas sejam auditadas, porque tudo está visível e acessível em blockchain.
Como a UST funciona?
UST, a stablecoin da Terra, entra no que seria um terceiro grupo.
Trata-se de uma stablecoin algorítimica, e sua estabilidade é suportada por um sistema de incentivos. Ao invés do lastro em dólares ou outro ativo do mercado financeiro externo, a UST estava respaldada pela LUNA, o token nativo do protocolo Terra.
O que a LUNA tem a ver com o UST?
A oferta de LUNA foi pensada originalmente para que pudesse ser expandida e contraída na medida em que o valor da $UST mudasse. Essa variação era, no geral, bastante sutil e não oscilava além de 0.98 o 1.02 USD.
O sistema era baseado no preceito de que sempre seria possível trocar 1 UST por 1 USD de LUNA dentro do protocolo. Então, quando o valor do UST caía para 0.98 USD, isso funcionava como um incentivo para comprar UST do mercado e trocá-lo por 1 USD de LUNA e, assim, ganhar 2% na transação.
➡️ Neste caso, estaríamos queimando 1 UST e emitindo 1 dólar de LUNA. E, como a pressão de compra de UST aumenta, seu valor sobe e chega a 1 USD. Já quando o UST vale mais do que um dólar, surge um incentivo para fazer o mesmo, só que no caminho contrário.
Certo, mas o que aconteceu no dia 7 de maio?
Determinar a causa exata do que fez a Terra ruir de um momento para o outro não é algo necessariamente fácil.
Enquanto alguns dizem que foi uma falha do sistema, outros afirmam categoricamente que tudo se tratou de um ataque planejado.
📅 Concretamente, no dia 7 de maio, a cotação da LUNA caiu repentinamente. Isso fez com que a UST perdesse sua paridade com o dólar.
E como era natural, as pessoas começaram a comprar UST, trocá-los por LUNA e vender. Mesmo que isso tenha aumentado enormemente a pressão sobre a UST, a oferta de LUNA acabou aumentando demais.
Com a emissão massiva do ativo (e pouca confiança no protocolo), sua cotação basicamente desmoronou. A LUNA passou de um valor de usd 80 a menos de 1 centavo em somente alguns dias. Com a perda do lastro, o preço da UST igualmente derreteu 📉
Então, qual é o futuro da Terra?
Terra era a segunda maior rede DeFi em valor total bloqueado (TVL) e tinha uma comunidade muito forte, composta por desenvolvedores e usuários.
A comunidade trabalhou sobre várias propostas após o colapso da plataforma e criou várias propostas para tentar manter o ecossistema vivo, digamos. Finalmente, o plano de recuperação escolhido foi chamado de “Terra 2.0”.
Terra 2.0: o que é, e como funciona?
A proposta implica na criação de uma nova rede, a mesma que a anterior, mas sem o sistema algorítmico de stablecoin.
Na antiga rede (agora renomeada Terra Classic), havia de fato criptomoedas chamadas LUNA e UST. Mas, com a chegada do Terra 2.0, foi necessário renomear os antigos tokens para evitar confusão.
As criptomoedas que antes eram chamadas de LUNA e UST agora são conhecidas como LUNC (Luna Classic) e USTC (UST Classic), respectivamente. Estes são os tokens que você encontra atualmente no aplicativo da Lemon. E a nova rede tem sua criptomoeda estreante, que se chama LUNA.
A Terra decidiu compensar sua comunidade com um airdrop da nova LUNA. Muitos dos usuários que tinham UST e/ou LUNA na antiga cadeia (agora chamadas de LUNC e USTC) são beneficiários do airdrop do novo token.
Um airdrop geralmente ocorre quando um projeto lança sua criptomoeda no mercado. Por meio de um “presente” de tokens, os desenvolvedores do projeto buscam distribuí-lo entre os membros mais ativos da comunidade.
Quem vai receber o airdrop do novo LUNA?
Os critérios de elegibilidade e distribuição foram decididos e publicados pelo Terra.
A quantidade de LUNA a receber é determinada por dois fatores:
- O montante de USTC e LUNAC que cada carteira tinha na antiga cadeia (Terra Classic).
- O período no qual esses tokens foram mantidos (antes ou depois da falha).
Basicamente, aqueles que, antes ou depois do acidente, possuíam LUNA (agora LUNC) ou UST (agora USTC) são elegíveis para o airdrop do LUNA.
O airdrop é dividido em duas etapas. A primeira se chama Genesis e consiste na entrega de 30% dos tokens $LUNA com os quais o Terra 2.0 decidiu compensar cada usuário. Os 70% restantes serão distribuídos pela Terra nos próximos dois anos.
Hoje, essa compensação equivale a apenas uma pequena parcela do valor das perdas causadas pela falha da rede original. Com base na capitalização de mercado, o novo token LUNA está atualmente acima do 2.800º lugar no ranking das maiores moedas do mercado.
A comunidade Terra recebeu um golpe bastante intenso e terá dificuldade de se recuperar.
Sua equipe de desenvolvedores conseguiu responder de forma relativamente rápida com um plano de resgate. No entanto, a pouca credibilidade e confiança atual do ecossistema no projeto não é animadora.
Somente o futuro dirá se o Terra 2.0 conseguirá sobreviver e continuar crescendo.
Como comprar LUNA na Lemon?
Para comprar criptomoedas na Lemon Cash, você precisa:
- ser maior de 18 anos;
- criar uma conta com um e-mail;
- Validar sua identidade com uma selfie e uma foto do seu RG.
Além disso, você precisa ter uma conta bancária para poder depositar reais no app, ou fazer uma transferência a partir da conta de algum amigo ou familiar.
#Passo 1: baixe o app
Você pode fazer isso de forma totalmente gratuita, em qualquer dispositivo móvel no Brasil. Somente usuários maiores de 18 anos podem usar o aplicativo.
#Passo 2: crie sua conta
Na sequência, você cria sua conta usando um e-mail válido e segue os passos indicados pelo aplicativo.
#Passo 3: valide sua identidade
Você pode validar sua identidade enviando uma selfie e uma foto do seu RG. Essa etapa é obrigatória para conseguir usar o aplicativo.
#Passo 4: depositar reais na Lemon
Chegou a hora de depositar reais no aplicativo para poder comprar criptomoedas. Em “Início”, selecione “Depositar”. Nessa parte, você vai ver uma chave PIX. Copie esta informação e, no seu homebanking ou conta virtual, faça uma transferência para esse PIX. Seus reais serão creditados em instantes.
#Passo 5: compre criptomoedas
Uma vez que você tenha reais na sua conta Lemon, você pode entrar na sua carteira e comprar a criptomoeda que queira ou LUNA. Entre em “Compra-venda” e escolha o valor, em reais, que quer converter.
Quanto custa 1 LUNA pode variar, mas, na tela, você verá a quantidade equivalente. Aqui na Lemon, você pode comprar criptomoedas a partir de R$ 1,00.
*Tenha em conta que o comércio de ativos digitais implica um significativo risco em função das perdas que podem ocorrer como resultado das flutuações próprias do mercado.